Sábado | 24 de setembro, 2022
Superávit de 13,5 bi, projeção de aumento no consumo das famílias e o novo ânimo do consumidor, são perspectivas de melhora na vida dos brasileiros.
A semana trouxe boas notícias para a economia, elas foram divulgadas por três órgãos distintos no dia 22 de setembro. A começar pela projeção feita pela Secretaria Especial do Tesouro e Orçamento (SETO), no Relatório de Avaliação de Receitas e Despesas Primárias do 4º Bimestre de 2022.
Melhora nas contas do governo
O órgão, ligado ao Ministério da Economia, divulgou nesta quinta-feira, em entrevista coletiva, que a estimativa é de superávit de R$ 13,5 bilhões no ano, o que significa uma melhora da situação fiscal de R$ 72,9 bilhões em comparação à avaliação do bimestre anterior, que apontou déficit primário de R$ 59,3 bilhões. De acordo com o relatório, o aumento da arrecadação federal eleva a transferência para estados e municípios, totalizando R$ 464,0 bilhões (4,8% do Produto Interno Bruto).
Consumo
Segundo a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), a intenção de consumo está em alta. A pesquisa destaca que houve melhora na percepção da renda atual. O índice apontado pela Intenção de Consumo das Famílias (ICF) subiu 1,4% em setembro, alcançando 84,4 pontos, seguindo a tendência de alta iniciada em janeiro deste ano. O patamar supera em 16,5% o resultado de setembro do ano passado. De acordo com a CNC, o aumento foi influenciado pela melhora do mercado de trabalho. “Com efeito, os indicadores de Emprego Atual e de Perspectiva Profissional permaneceram como os únicos nos quais todas as famílias se demonstram satisfeitas”, ressalta a entidade.
Confiança
O Índice Nacional de Confiança (INC) da Associação Comercial de São Paulo (ACSP) que mede o ânimo do consumidor brasileiro, registrou a primeira alta expressiva no ano ao avançar três pontos, subindo de 91 para 94 na passagem de agosto para setembro. “O resultado deste mês reforça a tendência de recuperação da confiança do consumidor baseada principalmente na melhora das expectativas com relação à situação financeira futura, e também pela percepção cada vez menos negativa da situação atual”, afirma Ulisses Ruiz de Gamboa, economista da ACSP [veja o gráfico mais abaixo].
Estímulos
De acordo com ele, a recuperação da confiança é estimulada pelo maior ritmo da atividade econômica, que impulsiona a geração de postos de trabalho, e pelas diversas transferências de renda concedidas pelo governo Federal. “Contribuíram para isso o aumento do valor do Auxílio Brasil e a recuperação de parte do poder de compra decorrente da deflações de julho e agosto. Para as famílias com renda abaixo de dez salários mínimos, a alta foi inclusive mais expressiva (2,2%), o que corrobora a influência dos programas de renda”, explica a CNC.
Com informações do Ministério da Economia, Diário do Comércio e Agência Brasil.
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