Domingo | 29 de dezembro, 2019 | 11h47


Ciclovias estão sendo desativadas após anos de insatisfações, sobrepreços apontados pelo TCM e protestos da população.

Desde o bairro do Belenzinho até o Jardim Anália Franco, diversas faixas cicloviárias estão sendo desativadas. Isso também aconteceu em outros bairros, como o Ipiranga. Em contato com moradores da Rua Rogério Giorgi, no Carrão, onde não se vê ciclistas nas ciclovias, o dispositivo ainda não sofreu mudanças.

 

Rua Tobias Barreto já sem a ciclofaixa. Foto: aloimage

 

Em abril de 2018, durante entrevista à Rádio Eldorado, Prefeito de São Paulo, Bruno Covas, afirmava que as ciclovias implantadas pelo ex-prefeito Haddad precisavam ser revistas. “Vamos discutir com a população onde vamos implantar novas ciclovias para dar racionalidade ao sistema, ligando algumas que não têm ligação hoje. Vamos poder desativar algumas que só incomodam a população”, disse.

Praticamente sem uso, para não dizer que a taxa de utilização das ciclovias em vários pontos da cidade é quase nula, esse projeto acarretou um alto custo e vergonhosas conclusões de sobrepreço, elaboradas pelos técnicos do Tribunal de Contas do Município (TCM).

 

Rua Luiz dos Santos Cabral: ciclofaixa pronta para receber recapeamento. Foto: aloimage

 

A implantação veio acompanhada de uma guerra contra os proprietários de automóveis, enquanto estiveram no poder Fernando Haddad e o seu secretário de Transportes, Jilmar Tatto (2013-2016). Conforme divulgação da Prefeitura em 2015, depois de ser obrigada pela Justiça paulista, o órgão informou que até julho havia investido cerca de 34 milhões para projetar e implantar as ciclovias. Esse valor, no entanto, ainda não contemplava a espetaculosa ciclovia da Avenida Paulista.

 

Rua Taquari, entre Mooca e Belenzinho já está recapeada. Foto: aloimage

 

Mais de um ano após a entrevista do atual Prefeito, os paulistanos arcarão direta ou indiretamente com os custos das ciclofaixas que estão sendo desativadas. Lembrando que a pintura do asfalto e a confecção de placas também entram nessa conta que vai direto para o bolso do contribuinte. Os arroubos dos alcaides paulistanos, levaram esse mesmo contribuinte a presenciar os saltos triplos do IPTU no ano passado, com aumentos infames que provocaram uma onda de protestos.

Por fim, na implantação ou desativação das ciclovias, a conta fica mesmo é com a população.

Sujeira em decomposição, água parada e proliferações de doenças: Prefeitura de São Paulo, ignora os avisos do Alô Tatuapé há 1 ano e 3 meses. Foto: aloimage

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