Terça-feira | 16 de agosto, 2022


Envolvendo os três poderes da república de forma nunca antes vista, com embates e as conhecidas demonstrações de força entre todos, as Eleições de 2022 incluem o protagonismo do quarto poder.


Assim como os fatos que vêm ocorrendo até esta data nos âmbitos políticos e judiciários, é histórica a trajetória que levou os principais protagonistas do pleito à disputa pela cadeira presidencial neste ano – por conseguinte a participação dos demais candidatos e partidos que os apoiam.

A mídia, também chamada de quarto poder, passou a exercer uma função quase partidária no país. Parte dela vem tentando vender a ideia de que – apesar dos pesares –, o candidato esquerdista ainda merece uma chance de ocupar o Palácio do Planalto, mesmo tendo sido condenado em três instâncias.

Polarização

Preso por crime de corrupção passiva e lavagem de dinheiro em 2018, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (2003-2011) só concorre graças a uma interpretação técnica do Supremo Tribunal Federal (STF), que anulou seus processos. De acordo com a mais alta corte brasileira, ele deveria ter sido julgado em Brasília ou São Paulo e não no Paraná como ocorreu, assim ganhou a liberdade em 2019. A defesa de Lula até hoje considera a condenação e a prisão arbitrárias. Ironicamente o candidato defende a ideia de cercear a mídia.

Na ala direita, protagonizando ideais nacionalistas, encontra-se o atual presidente da República, Jair Messias Bolsonaro, considerado o mais investigado de toda a história republicana. Apesar de todas as buscas possíveis desde antes da sua posse em janeiro de 2019, não foi comprovado qualquer ato de corrupção em sua gestão. Chamado de mito por onde passa, sua essência é patriótica e demonstra grande afinidade com os anseios populares. Ex-militar defende com energia a ampla liberdade, a família e a religiosidade.

Finanças contarão votos

Falando em dinheiro, os dois lados da mesma moeda podem ser assim resumidos. O petismo de Lula e sua sucessora Dilma Roussef, entregaram um país quase arruinado financeiramente ao deixarem o governo.

Bolsonaro e sua equipe demonstraram que é possível colocar o Brasil nos trilhos e recuperaram com destreza as finanças, através do liberal Paulo Guedes, ministro da Economia.

As estatísticas financeiras, privatizações e finalização de obras deixadas para trás pelos sucessores, são alguns dos argumentos que poderão ser usados pela direita, enquanto a esquerda continuará afirmando que faz e fez tudo pelo povo.

Independência

Cabe a todos os brasileiros entenderem e se aprofundarem um pouco mais sobre os fatos que levaram o Brasil a ser independente de Portugal. Naquele momento se desenhava uma nova trajetória. Há 200 anos, começava a se formar uma Nação, que decretava sua liberdade.

No dia 3 de outubro, o povo poderá deixar clara sua vontade mais uma vez, um mês depois das comemorações do 7 de Setembro, quando os brasileiros terão uma nova oportunidade de serem os verdadeiros protagonistas neste capítulo inédito da história brasileira.

Datas

A votação para o 1º turno das eleições será no dia 2 de outubro. Se houver 2º turno, este se realizará em 30.10.2022, ambas as datas caem em um domingo. O dia da eleição é considerado feriado e os estabelecimentos que funcionarem precisam propiciar condições para que seus funcionários também possam votar.