Domingo | 14 de agosto, 2022
A afirmação é o resultado de uma revisão em mais de 90 trabalhos científicos feita pelo pesquisador José Fernando Rinaldi de Alvarenga.
“Além de ser rico em gorduras monoinsaturadas, compostos bioativos, vitaminas, entre outros, o azeite extravirgem é capaz de diminuir a perda de nutrientes dos alimentos durante o cozimento”, afirmou o pesquisador e pós-doutorando do Centro de Pesquisa em Alimentos (FoRC), apoiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp).
O FoRC é um Centro de Pesquisa, Inovação e Difusão (CEPID) da fundação e está sediado na Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Universidade de São Paulo (USP). A pesquisa foi feita em parceria com colegas da Universidade de Barcelona, na Espanha, e publicada em artigo na revista científica Trends in Food Science & Technology.
Benefícios à saúde
Ele explica que no azeite extravirgem existe o predomínio de gorduras monoinsaturadas, que, entre outros benefícios, têm potencial antioxidante. “Por causa dessa ação, a degradação do azeite é mais lenta em comparação com os demais óleos. E isso protege tanto os nutrientes do próprio azeite como os dos alimentos.”
Um exemplo são os compostos bioativos dos alimentos, que têm várias propriedades benéficas à saúde. “O azeite extravirgem ajuda a evitar que os fitoquímicos sejam oxidados. Isso deixa os alimentos cozidos mais saudáveis, uma vez que preserva componentes importantes, que poderiam desaparecer. Quando comparamos um refogado de tomate com e sem azeite, por exemplo, a quantidade de licopeno pode ser reduzida sem a presença de azeite no processo de cocção. Entretanto, ao usar o azeite extravirgem, conseguimos preservar esse composto que está associado à prevenção do câncer de próstata”, comenta o pós-doutorando.
Fontes: Fapesp, com informações da Assessoria de Comunicação do FoRC.
Destaque: Trabalho do Centro de Pesquisa em Alimentos mostra que as propriedades antioxidantes desse óleo fazem a degradação dos nutrientes ser mais lenta, protegendo os compostos benéficos à saúde. Foto: Marge Nauer/ Pixabay