Segunda-feira, 26 de março de 2018 às 15h29


Cerca de 200 mil brasileiros sofrem da doença de Parkinson. No mundo, 1% da população padece da enfermidade, que é progressiva, neurodegenerativa e afeta várias partes do corpo, mas atinge com mais intensidade as áreas do cérebro que controlam os movimentos voluntários, gerando dificuldades na execução das atividades rotineiras, como caminhar e segurar objetos.

Para esclarecer e informar a população sobre a doença, em 1988 a OMS (Organização Mundial da Saúde) instituiu 11 de abril como o Dia Mundial de Conscientização da Doença de Parkinson, nome dado em homenagem ao médico que descreveu o mal, em 1817, James Parkinson.

 

Médico explica que os sintomas mais evidentes são os motores, como tremor de repouso, lentidão dos movimentos, desequilíbrio e maior rigidez muscular. Foto: divulgação / ABN

 

“O Dia Mundial de Conscientização da Doença de Parkinson tem grande importância para a compreensão da enfermidade”, destaca o neurologista Marcus Vinicius Della Coletta, Secretário do Departamento Científico de Transtornos do Movimento da Academia Brasileira de Neurologia (ABN).

Ele explica que os sintomas mais evidentes são os motores, como tremor de repouso, lentidão dos movimentos, desequilíbrio e maior rigidez muscular. Segundo o médico, é vital o início do tratamento assim que surgem os primeiros sintomas, pois o controle da doença preserva a qualidade de vida do paciente.

“O diagnóstico deve ser feito por um neurologista e é basicamente clínico, faz-se analisando os sintomas, as formas de evolução, a história de outras doenças associadas e o histórico familiar”, afirma o médico.

Doentes de Parkinson sofrem uma degeneração na região do cérebro chamada Substância Negra, que causa deficiência na dopamina (neurotransmissor que controla os movimentos finos e coordenados das pessoas).

O neurologista explica ainda que os pacientes precisam entender que a Doença de Parkinson é uma enfermidade crônica e que eles necessitarão de tratamento constante. “Os portadores da doença não devem nunca abandonar os cuidados e orientações médicas”, destaca.

Ele também ressalta a importância de terapias como fonoaudiologia, fisioterapia e terapia ocupacional no controle da doença. “O Parkinson não tem cura, mas pode ser controlado”, conclui Marcus.

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