Domingo | 3 de maio, 2020 | 13h43


As opiniões se dividem sobre a atuação da governança paulista. Governo é irredutível quanto à abertura do comércio no Dia das Mães, segunda data mais importante para a economia de diversos setores.

Gerson Soares

Depois de 40 dias de isolamento social e do decreto que determinou uma quarentena nos 645 municípios de São Paulo, o Governo do Estado está irredutível quanto a antecipação da reabertura ou relaxamento da quarentena antes do Dia das Mães. O Centro de Contingência do Coronavírus ainda deverá enfrentar ou se precaver para uma situação irônica: a retomada as atividades no dia 11 de maio em pleno aumento da curva de contaminações. Segundo seus próprios levantamentos, os casos de óbitos dobraram nos últimos 10 dias.

 

Shoppings centers e o comércio em geral pressionam governo paulista para reabertura antes do Dia das Mães. A medida teria de ser bem planejada para não aumentar a propagação do coronavírus, mas governo está irredutível. Foto: Marcello Casal Jr. / Agência Brasil

 

Em São Paulo, as empresas continuam fechadas de maneira geral e a Prefeitura não aceitou negociar a isenção do IPTU, o que aliviaria o bolso de muita gente. “Isso só beneficiários os mais ricos”, disse o prefeito Bruno Covas. Depende do que ele entende por ricos, pois uma boa parcela dos possíveis beneficiados proporciona salários e empregos a outras tantas famílias.

Apesar da pressão das entidades que representam os lojistas e administradores de shoppings centers, como a ALSHOPP (saiba mais) e a ABRASCE (Associação Brasileira de Shoppings Centers), o governador João Doria e sua equipe da “ciência e da medicina” também não abrem mão de uma antecipação da quarentena, que teoricamente poderia favorecer uma recuperação do comércio no Dia das Mães.

A ABRASCE, diz aceitar as regras impostas pelo governo paulista, mas adverte para as consequências que afetarão o setor que emprega mais de 1,1 milhão de pessoas. A entidade já elaborou um “protocolo de operação após a reabertura dos shoppings” (leia) para a volta das atividades pós coronavírus, com orientações aos lojistas e clientes, envolvendo cuidados e prevenções.

Segundo a ABRASCE e a ALSHOPP, mesmo com a reabertura antes do Dia das Mães ou não, haverá um período de reaquecimento e as vendas ficarão aquém do esperado, devido ao medo das pessoas. Uma antecipação poderia acelerar o processo de retomada dos negócios.

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