Segunda-feira, 16 de junho de 2014 às 14h35

No Pátio do Colégio ficava a sede do Governo de São Paulo e o monumento à fundação.

Gerson Soares


Com a expulsão dos jesuítas por ordem do Marquês de Pombal em 1760, o convento existente no Pátio do Colégio foi requisitado pelas autoridades, promovido a Palácio dos Governadores e assim foi dado início a várias reformas de adequação, concluídas no final do século XIX, durante o governo de Florêncio de Abreu.

Remodelado em estilo neoclássico estava condigno para se tornar a sede do governo, enquanto ao seu lado, a velha capela dos jesuítas deteriorava-se, até finalmente ruir na noite de 13 para 14 de março de 1896. Sua torre seria reformada e serviria como torreão do novo palácio, observado à esquerda da imagem acima, feita por Theodor Preising (1883–1962).

Outros melhoramentos ainda seriam feitos no lugar onde os jesuítas rezaram a primeira missa após sua chegada em 25 de janeiro de 1554. Uma delas foi o chafariz que celebrizou-se pela sua beleza, ainda mais valorizada por primorosos jardins. À frente do palácio, o monumento à fundação de São Paulo (inaugurado em 1925) daria um toque de arte à empreitada dos paulistas.

A obra é do italiano Amadeu Zani produzida em granito e bronze. Consiste numa coluna encimada pela figura de uma mulher com os braços erguidos, simbolizando a glória. No pedestal, apresenta baixos-relevos com alegorias à catequese, à primeira missa, à defesa da cidade pelo cacique Tibiriça e ao encontro dos padres jesuítas com os índios Tamoios. Nela pode-se ler a inscrição: “Glória imortal aos fundadores de São Paulo”.

 

Desde 1554, com a chegada dos Jesuítas, a cidade crescia e se dava ao luxo de derrubar edifícios majestosos como este, que durante quase três décadas (1925 a 1953) foi sede do governo paulista. À sua frente o Monumento à fundação de São Paulo. Foto: Theodor Preising/Lembranças de São Paulo.