Sábado | 5 de agosto, 2022

Isso é possível desde que foram inventados os hydrofoils. Vamos conhecer essa história que vem mudando o comportamento dos amantes dos esportes náuticos e de quem nem imaginava surfar um dia, principalmente com energia elétrica.


Por volta de 2017 as “pranchas voadoras” começaram a popularizar-se. Nas versões clássicas, os hydrofoils estão para um misto entre o surf sem onda ou kitesurfe sem vento. Porém, a tecnologia também chegou a essa modalidade esportiva, trazendo os sofisticados modelos elétricos.

Para entender melhor é preciso voltar no tempo ao encontro do engenheiro italiano Enrico Forlanini (1848-1930), considerado um pioneiro por seus diversos inventos aeronáuticos (helicópteros, aviões e dirigíveis) e dentre eles os hidrofólios.

Hidrofólio

“O princípio de uso de uma “asa subaquática” para dar mais sustentação e melhor navegação já é usada desde o século passado, quando o italiano Enrico Forlanini projetou um barco em 1906. De lá para cá, o hoje conhecido como hydrofoil foi evoluindo, ganhando notoriedade e sendo usado para diferentes tipos de embarcações, pranchas, esquis e modalidades”, publicou a Red Bull – matéria de Maíra Pabst – em entrevista com Fernando Novais e o pioneiro na fabricação dos foils no Brasil, Alexandre Tavares (King).

Fundada por quatro engenheiros paulistas em 2015, a Flap também faz parte desse pioneirismo. Eles começaram a projetar e produzir pranchas de surf e dois anos depois embarcaram no Kite e Wake surf, com pranchas e hydrofoils.

Estranheza

Em 2018, no Rio Grande do Sul, o equipamento ainda causava alguma estranheza. Como registrou o jornal digital GZH. “Com o equipamento trazido do Havaí no ano passado, Seadi diz que sua diversão independe das condições de vento ou do mar. À primeira vista, o equipamento causa estranheza: a prancha fica suspensa para fora da água, enquanto o mastro, localizado na parte inferior, corta o mar”, descreveu durante a conversa com o instrutor de Kitesurfe, Elias Seadi, no litoral norte gaúcho.

 

Modelos das empresas Lift Foils (E) de Porto Rico e da multinacional Takuma (D). Imagens: divulgação

 

Avanço com motores elétricos

Há um ano, o jornal português Diário de Notícias cita várias empresas fabricantes de e-foils, modelos que evoluíram para a versão elétrica, antes lembrando Alexander Graham Bell. “O inventor do telefone foi um dos especialistas da segunda metade do século XIX que pesquisou ativamente a aplicação da tecnologia do hydrofoil – já conhecida no seu tempo – para embarcações. Aliás, o seu engenheiro-chefe Casey Baldwin foi pioneiro no desenvolvimento desta tecnologia, trabalhando sobre concessões do inventor italiano Enrico Forlianini.”

O diário aponta alguns fabricantes, como a Lift Foils de Porto Rico; a multinacional Takuma; e a empresa Portugal Foils, “cujo modelo mais sofisticado, a Kevlar, custa oito mil euros [em torno de 42,1 mil reais]. Pode marcar uma volta com ela no site antes de a comprar… E sempre lhe serve para experimentar. Aliás, se comprar não é opção para si, pode simplesmente contratar umas voltinhas”, indicou o jornal.


Assista ao video


Foto do destaque: Kalani, de oito anos, nasceu na Nova Caledônia e agora mora no local idílico de Moorea, no Taiti, um local dos sonhos para qualquer surfista ávido e um lugar para onde os profissionais se reúnem quando o swell está forte, é o lar da infame onda de Teahupoo, conhecido por muitos como o mais gnarliest do mundo. Foto e leganda: Takuma / Divulgação