Domingo | 4 de dezembro, 2022

Programa da PM incentiva moradores e reduz número de crimes, como furtos, roubos e sequestros.


A Rua Nova Clélia é uma travessa entre as ruas Coronel Mendonça e Ana de Proença na Chácara Califórnia, subdistrito do Tatuapé, e está a 500 metros da Rua Antônia Soveral, onde houve um sequestro de mulher e criança em setembro, cujo vídeo teve repercussão nas redes sociais. Todas essas vias são pequenas e com pouco movimento, circunscritas principalmente entre as ruas Nova Jerusalém e Azevedo Soares. De acordo com depoimentos dos moradores e  empresários, o número de ocorrências policiais é alto, o que amedronta os moradores.

Polícia Militar e vizinhos de olho

Dentre as três vias, a Rua Nova Clélia foi a primeira a adotar o Programa Vizinhança Solidária da Polícia Militar (PM). Em resumo, o programa funciona da seguinte maneira: os moradores elegem um líder que terá prioridade no contato com a PM e o comando que cuida do atendimento à sua localidade. Por sua vez, depois das orientações feitas gratuitamente por um monitor da PM, os vizinhos adotam posturas de vigilância, além das placas e faixas indicadas para inibir a ação de meliantes. A pequena rua do bairro também tem câmeras.

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Foto: aloimage

 

Vizinhança unida

De acordo com o líder da Rua Nova Clélia, o programa Vizinhança Solidária foi implantando a pouco mais de um mês e já começou a dar resultados. “Aqui roubam muitos carros, principalmente ali perto da esquina,” disse, referindo à Rua Ana de Proença. Outro antigo morador também falou à reportagem e disse que já invadiram sua empresa. “Eu não moro mais aqui estou num apartamento”, revelou e confirmou as ocorrências policiais no local.

Vigilância particular

Algumas casas dessas ruas exibem uma placa de vigilância particular, ostentando uma possível parceria com o 30º DP do Tatuapé, o que de fato não existe. Pelo contrário, o uso do nome do órgão público estadual que está ligado à Secretaria de Segurança de São Paulo (SSP-SP) é proibido e ilude os moradores. “Dá impressão de que existe ligação com a polícia”, disse morador que paga pelo serviço. O uso de sirene durante a noite e madrugada por esses vigias também é proibido por lei.

 

Foto: aloimage

 

Alerta

Fica o alerta ao morador que contrata esse tipo de vigilância: exija a credencial atualizada que só pode ser emitida pela SSP-SP. A lei permite uma colaboração aos guardas de rua, a cobrança de mensalidade é proibida. O programa Vigilância Solidária da PM, além de ser aprovado pelo comando da Polícia Militar, oferece segurança e orientação aos moradores 24 horas. Fique alerta.