Terça-feira | 24 de agosto, 2021

Os dados foram obtidos em junho de 2021, através da mais recente pesquisa estadual do Conselho Regional paulista, sobre imóveis residenciais usados. A imagem de destaque também mostra o número de imóveis usados vendidos entre 2017 e 2021.


O Conselho Regional de Corretores de Imóveis de São Paulo (CRECISP) pesquisou os movimentos de venda e locação de imóveis residenciais usados, entrevistando 900 imobiliárias em 37 cidades do Estado de SP. Os resultados registraram que, em junho, as vendas de casas e apartamentos apresentaram alta de 14,86%, na comparação com o mês de maio.

A análise também mostrou um aumento discreto no número de imóveis alugados nesse período, de 1,66%. Os índices positivos dão continuidade ao aquecimento no mercado imobiliário que vem sendo sentido desde maio que, na comparação com abril, também registrou alta nas vendas e locações.

De acordo com o presidente do CRECISP, José Augusto Viana Neto, o retorno às atividades presenciais, a abertura do comércio e a ampliação da cobertura vacinal estão trazendo ventos otimistas à economia. “As pessoas estão se sentindo mais seguras, muitas resgatando seus empregos e com isso, aproveitando a onda dos juros, que ainda estão baixos para o financiamento imobiliário. Acredito que, se não houver nenhuma alteração nesse cenário, possamos ter um segundo semestre mais positivo e com um bom aquecimento nos negócios.”

A Pesquisa CRECISP divide o Estado de SP em quatro regiões específicas e em todas, o mês de junho foi positivo para a venda de imóveis. Na Capital, o volume de vendas cresceu 14,91%; no Interior, 18,31%; no Litoral, 8,4%; e na Grande SP, o aumento foi de 17,44% na comparação com maio.

 

Fonte: CRECISP

 

Os financiamentos feitos por bancos privados (36,67%) e pela CAIXA (12,83%) foram responsáveis por 49,5% das modalidades de venda estaduais. Na sequência, vieram as negociações à vista, com 44,17%; e o parcelamento feito pelos proprietários, com 6,17%. Os consórcios ficaram com uma fatia de 0,17% das vendas do Estado.

No mês de junho, foram vendidos mais apartamentos (62%) do que casas (38%) pelas imobiliárias consultadas pelo CRECISP. Os proprietários dos imóveis concederam descontos para o fechamento dos negócios que variaram de 6,18% para imóveis das áreas nobres; 6,65% nas regiões centrais; e 9,48% nas demais regiões das cidades pesquisadas.

Em junho, os imóveis preferidos para a compra em todo o Estado foram os que tinham preço médio de até R$ 400 mil, com 53,17% do total negociado.

Fiador lidera garantias locatícias

Segundo a Pesquisa CRECISP, o fiador ainda é a modalidade preferida dos inquilinos, avalizando 38,08% dos contratos de locação no Estado. O seguro fiança foi escolhido por 24,59% dos locatários; 20,48% preferiram o depósito de 3 meses de aluguel; 9,95% a caução de imóveis; 3,68% alugaram sem garantia e 3,21% optaram pela cessão fiduciária.

Embora o número de imóveis alugados tenha aumentado 1,66% em todo o Estado, na comparação entre junho e maio, esse não foi um movimento idêntico em todas as regiões da pesquisa CRECISP. No Interior e no Litoral, as locações diminuíram 0,05% e 12,75%, respectivamente. Somente a Capital e a Grande SP apresentaram alta de 6,43% e 3,54, respectivamente.

O número de cancelamentos de contratos de locação no mês de junho foi equivalente a 84,20% do total de novos aluguéis iniciados no período. E 52,03% desses cancelamentos se deram por motivos financeiros.

A preferência dos inquilinos foi por casas e apartamentos com valor médio de aluguel de até R$ 1.200, com 57,88% do total. A inadimplência que era de 4,97% em maio, caiu para 4,59% em junho, com uma variação negativa de 7,60%.

O Índice Estadual de Preços de Imóveis Usados Residenciais, calculado pelo CRECISP com base nos preços das casas e apartamentos vendidos e alugados no período, registrou alta de 0,26% em junho ante maio.


Fonte: CRECISP