Sábado | 4 de fevereiro, 2023
Com um aumento expressivo na sua população, bairro exige paciência redobrada dos motoristas.
Uma cidade que cresceu tão rápido como São Paulo, talvez não tivesse tempo de ser mais bem planejada pelos seus administradores. E, pelo jeito que as coisas andam em matéria de trânsito parece que está difícil inverter essa situação sem investimentos pesados em transportes de massas. Bairros tradicionalmente tranquilos como Vila Formosa, Alto da Mooca ou Tatuapé estão sendo verticalizados há um bom tempo, trazendo lucros fantásticos às construtoras.
Retorno
O retorno que estas devolvem à cidade ainda precisaria ser bem estudado para saber se o impacto causado compensa. A conta é simples: hipoteticamente em um local onde haveria 10 casas com garagem para dois carros (=20 carros), passa a ter 90 apartamentos com duas vagas (=180 carros). Isso equivale a um aumento de nove vezes no número de veículos teoricamente circulando no bairro, principalmente nos horários de pico. Se considerarmos que apenas um desses veículos seja usado, já teríamos 90 carros contra 10 das residências.
Tatuapé
Ao conversarmos com um antigo morador do Tatuapé, nesta sexta-feira (3), ele nos disse que agora mora em um condomínio próximo a Jundiaí. Seus principais motivos de mudança foram: qualidade de vida, segurança e tempo perdido em locomoções para atender seus clientes. “Para vir ao Tatuapé hoje, a gente precisa tomar dois calmantes primeiro”, relativizou sobre o trânsito e quanto às mudanças implantadas pela CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) – órgão ligado à Prefeitura de São Paulo – a partir de janeiro deste ano.
Destaque – Imagem: aloart