Domingo | 5 de março, 2023

A avaliação está sendo feita pelos motoristas, mas pode ser constatada diariamente na maioria das ruas; Azevedo Soares ainda é exceção.


Apesar da boa intenção e o investimento semafórico em praticamente todos os principais cruzamentos do bairro Tatuapé, na capital paulista, elaborados pela Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), lamentavelmente os esforços ainda não surtiram os efeitos possivelmente desejados, ou seja, as melhorias na fluidez do trânsito.

Ruas principais e transversais

Se tomarmos a Rua Azevedo Soares (principal) como referência – a única onde o trânsito melhorou – e os cruzamentos que com ela confluem, chamando-os de transversais, observamos que o trânsito piorou na Rua Coelho Lisboa, Rua Serra de Juréa, Rua Serra do Japi e Rua Itapura; Rua Apucarana, Rua Monte Serrat, Rua Francisco Marengo e Rua Antônio Barros.

 

Sem alternativas: Rua Azevedo Soares sem carros às 8h30 da manhã da sexta-feira (3), enquanto as transversais estavam congestionadas. Mudanças de mão em ruas como Cantagalo e Emílio Mallet deixaram motoristas locais sem alternativas para desviar do trânsito. Foto: aloimage

 

Serras

Outras duas referências principais seriam as duas “serras”. A Rua Serra de Botucatu teve a implantação da zona azul, faixas mistas (ônibus e outros veículos) e faixa exclusiva de ônibus, em trechos alternados. Tudo isso foi implantado na mesma via, onde as possíveis confusões acontecem diariamente. A Rua Serra de Bragança manteve seus congestionamentos tradicionais, por outro lado ganhou a zona azul que facilita bastante. As vias do bairro que não sofreram alterações significativas nos últimos tempos, como a Rua Emília Marengo ou Rua Tijuco Preto apresentam trânsito intenso normalmente, assim como a Rua Maria Otília, mas não parecem ter piorado.

 

Rua Monte Serrat às 8h30 da manhã desta sexta-feira (3): trânsito já estava bastante complicado desde as 7h30. No final da tarde, congestionamentos foram detectados na maioria das ruas do bairro. Foto: aloimage

 

Uma vai e outra vem

O sistema binário implantado no Tatuapé, onde as vias alternam seus sentidos de direção uma a uma, talvez não tenham surtido o efeito desejado e ouvir a população para possíveis revisões fosse interessante. Os motoristas locais, que podiam utilizar alternativas, agora também estão sem opções de ruas com duas mãos para acessar as transversais ou as pequenas travessas – algumas destas também sofreram mudanças. A Rua Emílio Mallet é um exemplo. Ao ter sido alterada para mão única ganhou um trânsito mais tranquilo até o cruzamento com a Rua Antônio de Barros. No entanto, deixou de ser alternativa para os motoristas.