Quinta-feira | 24 de março, 2022


Parece que ninguém consegue esclacer a que veio esse elefante branco.


O chamado CEU Carrão foi engendrado na gestão do então prefeito Fernando Haddad (20113-2016), que atualmente é candidato ao Governo do Estado de São Paulo, para administrar a maior cidade da América do Sul.

Sob sua administração ele criou as ciclovias que não levam a lugar algum, gastando milhões para pintar as ruas de vermelho sem que houvesse demanda de ciclistas que justificasse o investimento e os transtornos que causam até hoje.

Mas voltando ao CEU Carrão, saiu de viveiro de mosquitos da dengue para uma construção moderna, depois das reportagens e das ações do Ministério Público de São Paulo que exigiu uma definição sobre o lugar.

Uma das nossas reportagens mais lidas sobre o lugar: “Prefeitura não dará continuidade ao CEU Carrão”, se baseou nas informações da própria Prefeitura de São Paulo, que em setembro de 2017, avaliou em 7,5 bilhões o rombo deixado pela administração Haddad.

CONHEÇA ESSA LONGA HISTÓRIA DE MÁ GESTÃO MUNICIPAL E MAU USO DO DINHEIRO PÚBLICO

A informação de paralisação das obras, foi dada pela assessoria do então prefeito João Doria, que venceu a eleição e Haddad que não reelegeu. Leia a nota mais abaixo.

Todavia, a obra deveria ser retomada em janeiro de 2016, com inauguração prometida para o mês de dezembro daquele mesmo ano. No entanto, o que se viu no site da Prefeitura foi o anúncio do início das obras no dia 11 de novembro de 2016.

Em plena pandemia, após anos de morosidade, o CEU Carrão foi tomando alguma forma. A pandemia já está quase se despedindo da grande cidade e o CEU continua fechado. Uma obra que começou em 2014 e até este início de 2022 ainda não deu frutos.

As aulas começaram, as crianças voltaram a estudar, mas o CEU Carrão em nada contribui para a educação. Não a alma viva que possa dizer ao certo quando irá inaugurar, nem a que veio, afinal.

 


NOTA DA PREFEITURA
GESTÃO PREFEITO JOÃO DORIA

Em 5 de setembro – Secretaria Municipal de Educação (SME)

O CEU em questão está com as obras paralisadas diante do rombo orçamentário de R$ 7,5 bilhões deixado pela gestão passada e do desafio de atender à demanda por vagas em creches. Por conta disto, a secretaria de Educação priorizou a retomada de obras de CEIs. A obra foi abandonada pela gestão anterior com apenas 27% dos serviços concluídos e está localizado em uma região onde não há demanda reprimida por Educação Infantil. Com o mesmo orçamento de uma obra desse porte seria possível construir 10 creches em regiões prioritárias da cidade.