Domingo | 05 de junho, 2022

No final de 2018, em comemoração aos 350 anos de fundação do bairro Tatuapé, foi lançado o livro “Memórias do Tatuapé – Uma viagem às origens nos séculos XV a XVII”, do escritor e jornalista Gerson Soares, leia um trecho histórico sobre o Rio Tietê, antes chamado de Rio Grande.

Por Verônica Franc


O trecho se refere à Casa do Tatuapé, construção bandeirista, hoje integrando a estrutura do Museu da Cidade de São Paulo e localizada na Rua Guabijú, 49. Basta um olhar no mapa para perceber a proximidade do endereço com o Rio Tietê. O escritor destaca uma passagem em que as cheias do rio atingiam a construção.

“(…) A Casa do Tatuapé estava próxima a uma das áreas que se alagavam durante as cheias do Rio Grande e disso também percebemos o conhecimento que os antigos proprietários deviam ter da região. Essa curva do rio pode ser observada em mapas antigos, chegando até as imediações do lugar onde no futuro seria aberto o Caminho da Penha, seguramente distante dos alagamentos.(…)”

Lendo o livro, que traz passagens interessantes sobre o bairro e a cidade, descobrimos que a Casa do Tatuapé só foi preservada graças à sensibilidade do poeta Mário de Andrade, quando em 1937, este percebeu que se tratava de uma das poucas casas remanescentes do ciclo bandeirista em São Paulo. O trecho do livro, continua.

“(…) Esse caminho depois seria nomeado Estrada da Intendência e finalmente Avenida Celso Garcia. O Rio Grande também já foi Anhumas e hoje é Tietê, denominações antigas que imitando suas águas rápidas em alguns trechos e turbulentas em outros, alagavam vales e planícies muito antes da chegada dos estrangeiros à Piratininga.(…)”

Quem tiver interesse pode visitar a página do livro na internet onde, entre outros assuntos, encontrará uma providência interessante voltada aos pesquisadores. O site da obra proporciona ao visitante procurar em um índice, onde encontra todos os nomes de pessoas e lugares com a localização nas 192 páginas do livro, o que facilita bastante os trabalhos escolares e universitários.


Fonte: livro “Memórias do Tatuapé – Uma viagem às origens nos séculos XV a XVII”.