A conscientização que teve início no estado norteamericano de Illinois, envolve o amor das irmãs Suzy e Nancy – uma a mais linda, outra a mais ‘moleca’ – e uma promessa que ainda está sendo cumprida.


“O movimento internacional de conscientização para a detecção precoce do câncer de mama, Outubro Rosa, foi criado no início da década de 1990, quando o símbolo da prevenção ao câncer de mama – o laço cor-de-rosa – foi lançado pela Susan G. Komen for the Cure – organização norteamericana – e distribuído aos participantes da primeira Corrida pela Cura, realizada em Nova York (EUA) e, desde então, promovida anualmente.”

Promessa

Acima, uma definição sobre o Outubro Rosa, talvez a mais conhecida. Entretanto, essa história é muito mais longa e está envolta em uma promessa e o amor entre duas irmãs da cidade de Peoria, Illinois – EUA. Ela começa em 1980, quando Nancy G. Brinker prometeu à sua irmã moribunda, Susan (Suzy), que faria tudo o que estivesse ao seu alcance e acabar para sempre com o câncer de mama. Em 1982, essa promessa tornou-se a organização Susan G. Komen® e o início de um movimento global. Após uma batalha de 3 anos contra o câncer de mama, Susan morreu aos 36 anos.

200 dólares viraram bilhões

O que começou com 200 dólares e uma caixa de sapatos cheia de potenciais doadores tornou-se agora na maior fonte de financiamento sem fins lucrativos do mundo para a luta contra o câncer da mama. “Até agora, investimos quase 3,6 bilhões de dólares em pesquisas inovadoras, divulgação de saúde comunitária, defesa de direitos e programas em mais de 60 países. Os nossos esforços ajudaram a reduzir as mortes por câncer da mama em 43% desde 1989 e não iremos parar até que a nossa promessa seja cumprida,” afirma a organização. E esta é apenas uma pequena parte dessa história real.

Brasil

De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), a campanha do Outubro Rosa 2023 tem como objetivo divulgar informações sobre o câncer de mama e fortalecer as recomendações do Ministério da Saúde para prevenção, diagnóstico precoce e rastreamento no País. A doença é a primeira causa de morte por câncer em mulheres no Brasil, com patamares diferenciados entre as regiões, sendo que as taxas mais altas de mortalidade são encontradas nas regiões Sul e Sudeste.

Magnitude do problema

O câncer de mama é a neoplasia maligna mais incidente na população feminina brasileira, excetuando-se os tumores de pele não melanoma. O risco estimado é de 66,54 casos a cada 100 mil mulheres em cada ano do triênio 2023-2025. Ocupa a primeira posição em todas as regiões brasileiras, com valores maiores no Sudeste (84,46/100 mil) e no Sul (71,44/100 mil), seguidos pelo Centro-oeste (57,28/100 mil), Nordeste (52,20 /100 mil) e Norte (24,99/100 mil).

Fatalidade

O infográfico produzido pelo INCA, a respeito da mortalidade proporcional por câncer de mama segundo faixa etária, Brasil 2000 a 2021*, demonstra que embora as taxas de mortalidade sejam mais elevadas entre as mulheres de idade avançada, a mortalidade proporcional é maior no grupo de 50 a 69 anos, que responde por cerca de 45% do total de óbitos por esse tipo de câncer.

 

Fonte: Adaptado do Atlas de Mortalidade por Câncer. INCA, 2023.
*Taxas brutas por 100 mil mulheres.

 

Links interessantes sobre a doença

INCA – Instituto Nacional de Controle do Câncer
Cartilha sobre o câncer de mama

Suzan G. Komen for the Cure
O que todos deveriam saber. Fatos e estatísticas sobre câncer de mama (informações em inglés, mas é possível traduzir para o português através do Google).


Fontes: Komen.org / INCA


Destaque – Imagem: aloart


Publicação:
Sábado | 6 de outubro, 2023