Sexta-feira, 17 de abril de 2015, às 16h25
A verba destinada à SES/SP para o ano de 2015 é de 20,4 bilhões de reais. Esse valor deverá ser aplicado nos diversos setores e honrar os compromissos assumidos, como vem sendo feito na gestão do governador Alckmin, segundo o TCE (Tribunal de Contas de São Paulo). Ao mesmo tempo a verba prova que caso haja o desejo de melhorar o sistema de dispensação de medicamentos aos necessitados, aliviando os problemas de erros e confusões entre médicos, pacientes e funcionários da SES/SP, será possível planejar para este ou para o próximo ano, como faria qualquer empresa. Dinheiro não falta, pode faltar vontade, que através desta série de reportagens tentamos estimular.
Gerson Soares
O estado mais rico e pujante do país ainda trata determinados assuntos ligados à pasta da Saúde (Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo - SES/SP) com falta de profissionalismo e denota até mesmo desconhecimento dos problemas enfrentados nas filas e os transtornos familiares, financeiros e psicológicos, causados com decisões como as descritas na matéria “Remédios, doenças e transplantes: o inferno é logo ali, basta que cometa um erro”. As pessoas que precisam de remédios para controlar uma doença, enfrentam diversas barreiras e as superam diariamente, mas não podem lutar contra um sistema que ignora a tecnologia disponível para auxiliá-las na qualidade de vida, já dificultada devido às próprias doenças que as acometem.
É difícil imaginar que o governador do estado de São Paulo, Geraldo Alckmin, médico por profissão e que o atual secretário da Saúde, também médico e indicado por ele para ocupar a pasta, ignorem as dificuldades enfrentadas diariamente por milhares em todo o estado. Temos testemunhos de pessoas do interior e de cidades como Campinas, que preferem vir mensalmente à capital paulista por não confiarem na simples transferência de seus processos para onde residem atualmente, devido às decisões questionáveis e polêmicas de funcionários e do descumprimento do sistema de remédios em casa, assumido pela SES/SP e apontado pelos usuários como falho.
É possível relevar que a secretaria cometa enganos e esteja tentando aperfeiçoar sua atuação junto à população, como quando contrata a SPDM (Sociedade para o Desenvolvimento da Medicina) para administrar a entrega dos medicamentos àqueles que precisam. Mas é doloroso assistir às humilhações às quais essas pessoas são expostas, principalmente as mais humildes dentre elas, que chegam aos postos com o nome do ônibus marcado num pedaço de papel e apenas o dinheiro de ida e volta para casa, sem nada mais. Elas são humilhadas por um erro de escrita no LME (Laudo para Autorização/Dispensação de Medicamentos Excepcionais e Estratégicos), quando a única coisa que buscam é o remédio e o governo do estado, do país onde elas nasceram, sua única esperança para manter a saúde de um ente querido ou amigo próximo.
As doenças não acometem apenas os pobres; ricos e governantes também são passíveis de um mal inesperado. O dilema de cada um, cada qual em sua proporção, é conhecido desde o diagnóstico, os remédios para a cura ou a manutenção da vida são a consequência, não se pode negá-los sob pretexto algum. Investir em um novo modelo para a dispensação de medicações é investir na boa conduta governamental, é pensar no próximo como em si mesmo.
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