Domingo | 23 de outubro, 2022

A Black Friday movimentou R$ 5,1 bilhões em 2020. Em 2021, a cifra chegou a R$ 5,4 bilhões, ficando abaixo da expectativa. Porém, com crescimento, ainda que pequeno, na casa dos 5,8%. Para este ano a estimativa também é de alta.


A data começou a ser difundida no Brasil em 2010 e ocorre no mesmo dia que nos Estados Unidos, onde se originou. Para 2022, a estimativa da Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm) é de que a projeção seja de R$ 6,05 bilhões, o que representa um crescimento de 3,5%.

O que esperar

Com o aumento de empresas trabalhando suas áreas de e-commerce, a Black Friday se tornou um dos eventos mais importantes para o varejo e aguardado por profissionais do comércio eletrônico. De acordo com especialistas como Gustavo de Andrade Silva, as expectativas que poderiam não ser tão boas, devido o cenário político, indicam o contrário. “Entre as possíveis explicações sobre esse cenário positivo no e-commerce está a chegada de novos consumidores que vieram para o mundo das compras online devido à pandemia e ficaram.,” avalia.

Pesquisas

A Neotrust – empresa de inteligência do mercado digital brasileiro que se destaca pela base de dados – apontou um crescimento de 4,3% no número de pedidos no segundo trimestre deste ano, comparado ao mesmo período de 2021. Em relação ao período que antecedeu a pandemia, o comércio eletrônico cresceu 785% nos primeiros cinco meses de 2022, e fechou o semestre (janeiro/junho) com R$ 118,6 bilhões em vendas – crescimento de 6% em relação a 2021.

Thanksgiving

O termo Black Friday, no que diz respeito à propaganda das ofertas e liquidações, surgiu nos Estados Unidos a partir da década dos anos 1980. A Black Friday acontece no Brasil e no mundo na 4ª sexta-feira do mês de novembro que neste ano 2022, será realizada no dia 25. Sua origem remonta ao feriado de Ação de Graças (Thanksgiving), motivo de reunião familiar, sendo aproveitado pelo comércio para alavancar as vendas e ao mesmo tempo renovar os estoques.

“Black fraudes”

Apesar de o objetivo ter um aspecto positivo, há quem utilize a data para cometer as “black fraudes”. Por esse motivo, o governo brasileiro tem intensificado os avisos e advertências aos consumidores para não caírem em golpes, que na sua maioria consistem em aumentar os preços nos dias anteriores à Black Friday, para depois dar os descontos. Prática realmente deplorável e que diminui a credibilidade junto ao consumidor, que por sua vez precisa ficar investigando empresas e preços ao invés de simplesmente comprar.

 


Destaque – Imagem / design: aloart