Domingo | 31 de julho, 2022

Esta é uma das paradas da Ferrovia Rética e a mais antiga cidade Suíça. Com baixa densidade populacional a cidade cresceu muito no século 20, especialmente após a Segunda Guerra Mundial e atualmente tem 15 vezes mais habitantes do que há 200 anos.


Há tanto para encontrar na pequena Chur que ela se torna imensa. Incrustada nas montanhas, a capital do cantão Grisões, está ligada e se encontra num território fronteiriço entre três nações: Itália, Alemanha e França. Essa cidade alpina da Suíça possui 28 quilômetros quadrados – pouco menor do que Diadema na Grande São Paulo – e abriga 40 mil habitantes.

 

Vista panorâmica de Chur durante o verão. Foto: Chur / Graubünden

 

Quatro idiomas

A aconchegante cidadezinha mais antiga da suíça é chamada de Coira em alemão e Coire em francês. Chur, para os italianos, foi uma fortaleza do império romano e seus vestígios datam do ano 465 a.C. O idioma local é o alemão, mas os habitantes falam italiano e romanche. Uma das muitas particularidades é que a água que sai das torneiras da cidade é mineral.

Linguagem Romanche

A quarto e a mais antiga linguagem usada na Suíça é o romanche. Uma língua ameaçada de desaparecer, segundo a Unesco. Trata-se de uma mistura do latim e de outros idiomas usados no cantão de Graubünden. Em 1938, os suíços reconheceram-na como língua nacional, enfatizando sua autonomia e independência quanto à Alemanha e Itália: “Não somos italianos nem alemães; somos suíços”, disseram.

 

Medieval: A cidade velha de Chur vista de cima. Foto: Yvonne Boohalder / Chur / Graubünden

 

Clima

Considerada a mais quente para os padrões suíços seu clima é ameno graças ao föhn (um vento quente e seco, descendente), além de sua posição entre três altas montanhas: Calanda, Pizokel e Mittenberg. No entanto, o inverno traz temperaturas de zero grau e todo o charme da gastronomia – com mais de 130 restaurantes -, moda ou dos esportes na neve.

 

Praça das Arcas com seu velho poço que “conta” histórias de mitos da cultura local. Foto: Markus Bühler / Chur / Graubünden

 

Pontos turísticos

Um dos locais preferidos é a Praça das Arcas, a mais bonita das praças, onde o viajante vai compartilhar o caráter medieval do seu entorno. As casas que se estendem até o Rio Plessur foram construídas sobre as antigas muralhas que cercavam a cidade. Seu aspecto atual só foi conseguido graças ao arquiteto Theodor Hartmann que demoliu os antigos armazéns que haviam no local até 1971.

Chur oferece passeios aos museus, o teleférico que leva do centro até o alto da montanha Brambrüesch, o impressionante canyon do Rio Reno – pode ser acessado a pé – ou a Catedral da Assunção com 800 anos são alguns lugares imperdíveis. O trajeto num dos mundialmente famosos trens panorâmicos Bernina e Glacier Express completam esta pitoresca viagem pela inesquecível dolce vita alpina.

 

Medieval: A cidade velha de Chur vista de cima. Foto: Yvonne Boohalder / Chur / Graubünden

 

Cantões

A Confederação Helvética (comumente chamada de Suíça) é constituída por 26 “cantões suíços” iguais em direito, dos quais três (Appenzell, Basileia e Unterwalden) estão subdivididos em semicantões que se chamam respectivamente: Appenzell Rodes Exterior e Appenzell Rodes Interior, Basileia Cidade e Basileia Campo, e Obwald et Nidwald.

Historicamente cada cantão era considerado um Estado soberano, com suas próprias fronteiras, exército e moeda, até que a estrutura federal recente foi estabelecida em 1848, e mesmo atualmente, a capital da Suíça, Genebra, ainda refere-se a si mesma como República e Cantão de Genebra.

 

No inverno a temperatura cai para zero grau, o ambiente noturno e o brilho das luzes dão o tom invernal. A torre que aparece à esquerda pertence à Igreja de São Martinho. Foto: Chur / Graubünden

 


Foto do destaque: Chur / Graubünden

 

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