Uma viagem no tempo, tendo como fundo o azul do Oceano Atlântico combinado às nuances das heranças gastronômicas, lugarejos encantadores, encostas e lindas praias. Talvez, estas poderiam ser palavras de inspiração, mas é difícil descrever tantos atrativos entre a serra e o mar.
O Algarve é limitado ao norte pelo Alentejo, a sul e a oeste pelo oceano Atlântico e a leste pelo rio Guadiana, fronteira natural entre Portugal e Espanha. A beleza e a diversidade paisagística dos seus 200 quilômetros de costa, com escarpadas falésias, baías, grutas, lagoas, longas praias de areia branca e pequenas enseadas escondidas, combinadas com mais de 300 dias de sol e temperaturas amenas ao longo de todo o ano, fazem do Algarve um local encantador para visitar.
História
Da presença romana à longa herança muçulmana, da reconquista cristã à epopeia dos Descobrimentos portugueses, não faltam motivos para redescobrir sinais de um passado histórico marcante.
As marcas da presença humana no Algarve recuam a tempos imemoriais. Exemplos disso são os milenares vestígios neolíticos e as mais recentes, mas não menos interessantes, estações arqueológicas romanas, abertas a visitas. A visita ao passado da região e à sua valiosa história faz-se também percorrendo os diversos museus arqueológicos, que encerram um vasto patrimônio ainda por descobrir.
Influência árabe começa no nome
Herdeira de antigas civilizações, a região algarvia foi igualmente ponto de passagem de outros povos, numa ligação quase sempre facilitada pelo imenso mar que banha as suas costas.
Os mais de cinco séculos de influência árabe marcaram para sempre os destinos da região, a começar pelo próprio nome: Al-Gharb, O Ocidente. Esta presença, que se prolongou do século VIII ao século XIII, ainda hoje se encontra bem patente nos nomes das povoações, na agricultura, na arquitetura dos monumentos, nos rendilhados dos terraços e chaminés ou no branco da cal que teima em cobrir o casario de muitas localidades algarvias.
Castelo de Silves
Silves assume então a centralidade da região, fruto de uma estratégica localização geográfica.
Em meados do século XIII, as terras algarvias são as últimas de Portugal a serem conquistadas ao domínio muçulmano. Após longos avanços e recuos, a reconquista cristã tem a preciosa colaboração dos Cavaleiros da Ordem de Santiago, liderados por D. Paio Peres Correia, para no reinado de D. Afonso III acabar com a presença árabe no Algarve e unir a região ao reino de Portugal. Para além de Silves, Tavira e Faro, atual capital algarvia, são definitivamente tomadas aos mouros. Fundava-se assim o Reino de Portugal e dos Algarves.
Mais tarde, no início do século XV, o início da expansão marítima portuguesa dá novo vigor às terras e gentes algarvias. Lagos e Sagres ficam para sempre ligadas ao Infante D. Henrique e aos Descobrimentos, inclusive do Brasil. Ainda hoje, na Ponta de Sagres, um gigantesco dedo de pedra aponta para o oceano Atlântico numa clara alusão à coragem dos navegadores algarvios, como Gil Eanes, que se faziam ao mar à ‘procura de novos mundos para dar ao mundo’.
Marcas desta história tão longínqua, mas ainda tão presente na alma algarvia, encontram-se espalhadas por toda a região. Visitar Aljezur, Lagos, Silves, Faro, Tavira, Castro Marim e Alcoutim é descobrir em cada museu, igreja, fortes e castelos a grandeza da história portuguesa, as suas gentes e tradições.
La dolce vita no Algarve, começa com sua história plena de riquezas e segredos para serem descobertos. José Saramago, resume: “Seja curioso. Viaje.”
Fonte: Visit Algarve Portugal
Destaque – Imagens: Visit Algarve Portugal
Publicação:
Domingo | 12 de maio, 2024