Reportagem especial sobre a Revolução Constitucionalista de 1932
Dentre tantas obras, a guerra também inspirou os poetas.
por Lucilla Novaes Prado
Aos soldados Constitucionalistas
Soldado constitucionalista
Faz da rosa vermelha
O teu emblema
Nela encontrarás
A tua jornada
Nada mais é do que
Flor brotada da terra
O valoroso
Sangue paulista
Que pela Constituição brasileira
Surgiu a verde bandeira
O sagrado lábaro
Das treze listras
Medalhas da ex-combatente constitucionalista Lucilla Novaes Prado. Medalha da Constituição, onde se lê a frase “Pola Lei, Pola Grey”, do português arcaico: “Pela Lei e Pelo Povo”. Broche-capacete, miniatura do modelo usado pelos soldados constitucionalistas.
:: Medalha da Constituição, condecoração aos participantes da Revolução Constitucionalista de 1932, instituída pela Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, em junho 25 de junho de 1962: Artigo 1° – Fica instituída a medalha denominada “Medalha da Constituição”, com a finalidade de condecorar todos aqueles que tomaram parte, tanto na linha de frente como na retaguarda, na Revolução de 9 de julho de 1932, ao lado do Exército Constitucionalista.
:: Broche-capacete, de acordo com o Acervo Memorial’32 – Centro de Estudos Celestino Bourroul, foi fabricado com plástico e tecido, em 1932.
:: A ex-combatente recebeu outras medalhas pela sua ativa participação na Revolução Constitucionalista de 1932, parte dela pode ser lida em A mulher na Revolução de 32 – Lucilla Novaes Prado.
por Scadufax
87 dias de luta, eternidade em glórias
São Paulo o patriota,
Dos paulistas intrépidos e seus ideais.
São Paulo que não se acanhou,
Mesmo consciente de que a derrota era iminente.
São Paulo, Bandeirante, terra da gente.
Quem for paulista que venha!
Diziam os patriotas,
Eia, pois paulistas!
Dizia o grande orador,
Se precisar nós também iremos!
Diziam as crianças dos Batalhões Infantis
Em suas gloriosas bandeiras.
Do ceio desta terra
Ao ceio feminino
Ao seu colo
Em suas mãos
Mulheres de São Paulo
Exemplo, ânimo, coragem
Da aristocracia
Elas foram para a enfermagem
Para a costura, alimentação
E tecelagem
Do “Túnel” a memória
Das ruas a história
Da união, o trabalho
Da indústria e do comércio
Sua própria imagem
Era esperada a morte
Mas nas trincheiras enlameadas
Não teria tanta sorte
O jugo não foi aceito
Para seu mote tentar
Os desafiantes
Muito sangue houveram que derramar
Os paulistas confiantes
Sabiam que a vitória já era ganha
Quando partiram para empreita tamanha
Sem medo no coração de brasileiro
O paulista não perdeu
São Paulo ganhou
Soube enfrentar a injustiça no seu solo
Sempre altaneiro
Imagem: aloart
Publicação:
Segunda-feira, 7 de julho de 2014
Atualização:
Terça-feira, 9 de julho de 2024